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Economia SOCIEDADE

Risco-país do Brasil sobe 33 pontos em 2024 e tem a 2ª maior alta do G20

Se olhar a receita, ela é muito incerta

25/06/2024 14h06
Por: Redação
Brasil sediará pela primeira vez eventos do G20 | Foto: G20
Brasil sediará pela primeira vez eventos do G20 | Foto: G20

O Brasil viu um aumento significativo no seu risco-país nos últimos meses. Desde janeiro, o risco-país subiu 33 pontos, acumulando um total de 166 pontos. Isso coloca o Brasil como a segunda maior alta do G20 em 2024. A incerteza em relação à política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é apontada como a principal causa dessa piora. Esses dados foram divulgados pelo site Poder360 nesta segunda-feira, 24.

No entanto, a Argentina lidera o ranking de aumento no risco-país no G20, com um aumento alarmante de 1.133 pontos. Esse aumento reflete a crise econômica enfrentada pelos nossos vizinhos hermanos. Outros países que historicamente têm um risco-país abaixo de três dígitos registraram uma queda, com exceção da Turquia, que caiu 9 pontos.

Em 2023, o risco-país do Brasil teve uma redução de 121 pontos devido ao crescimento da economia e a melhorias em indicadores como emprego e Produto Interno Bruto (PIB). Infelizmente, parte desse resultado positivo foi perdida agora.

O risco-país é medido pelo Credit Default Swap de cinco anos, que avalia o risco de calote de um determinado Estado. O economista Victor Beyruti, da Guide Investimentos, explicou ao Poder360 que a arrecadação do Brasil é mais incerta do que o corte de gastos. Ele ressaltou que as medidas que estão sendo apontadas como solução envolvem sempre o aumento da arrecadação, mas a receita é muito incerta e não há garantia dos resultados.

Na América Latina, o Brasil teve um desempenho melhor do que apenas a Argentina e a Colômbia, que também registraram um aumento no indicador. O nível atual do risco-país brasileiro é o mais alto desde novembro de 2023.

O mercado financeiro está atento às ações da equipe econômica do Brasil. O real foi a sexta moeda que mais se desvalorizou em 2024. As críticas de Lula ao Banco Central, que manteve a Selic em 10,50%, aumentam as incertezas em relação à situação econômica do país. Essa situação evidencia que as promessas de equilíbrio fiscal e credibilidade não estão sendo cumpridas, pelo contrário, a situação está piorando.

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