Segunda, 08 de Julho de 2024 13:16
Política DIREITO E JUSTIÇA

PF Indicia Empresário, Esposa e Terceiro por Calúnia Contra Ministro do STF

Segundo relatos, a agressão teve início quando Roberto Mantovani, acompanhado de sua esposa, teria proferido insultos ao ministro

04/06/2024 14h25 Atualizada há 1 mês
Por: Redação
FOTO/REPRODUÇÃO
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A Polícia Federal (PF) indiciou o empresário Rodrigo Mantovani Filho, sua esposa Andreia Munarão e Alex Zanatta Bignotto por crime de calúnia contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O incidente ocorreu em 14 de julho do ano passado, no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, enquanto Moraes participava de um evento na Universidade de Siena, na Itália.

Embora o primeiro inquérito, liderado pelo delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, não tenha indiciado os acusados, concluiu-se que Mantovani Filho cometeu injúria real contra Alexandre Barci, filho de Moraes. O delegado justificou sua decisão citando uma instrução normativa que veda o indiciamento em casos de crimes de menor potencial ofensivo, como a injúria, além da complexidade da aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos no exterior.

Segundo relatos, a agressão teve início quando Roberto Mantovani, acompanhado de sua esposa, teria proferido insultos ao ministro, chamando-o de "bandido, comunista e comprado". Mantovani Filho teria desferido um golpe no rosto do filho do ministro, fazendo com que seus óculos caíssem no chão, de acordo com informações da PF.

O casal foi investigado por suposta injúria e agressão física contra Moraes e sua família, após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do próprio Moraes. Documentos da Polícia Federal afirmam que imagens do aeroporto mostram Mantovani Filho e Andreia Munarão provocando, possivelmente ofendendo ou injuriando o ministro e seu filho.

Em 18 de julho, a PF realizou buscas em endereços ligados aos acusados em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, e todos negaram as acusações durante os interrogatórios. O advogado de defesa do casal, Ralph Tórtima, afirmou que Mantovani negou ter empurrado o ministro, esclarecendo que houve um desentendimento com um jovem no local, cuja identidade desconheciam até serem abordados pela PF no Brasil.

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