Domingo, 17 de Agosto de 2025

Ação Climática na Periferia do Rio: Mutirão na Serra do Vulcão Mira a COP30

Iniciativa une sociedade civil, setor privado e povos indígenas para regenerar o Parque Gericinó-Mendanha e inspirar soluções globais.

16/08/2025 às 22:09
Por: Redação

Em meio à exuberante Mata Atlântica da Serra do Vulcão, no Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, um mutirão demonstra o poder da ação coletiva frente à emergência climática. Sociedade civil, setor privado, povos indígenas e jovens uniram forças para promover a regeneração do Parque Gericinó-Mendanha.

No último sábado (16), dezenas de mudas de espécies nativas foram plantadas e a sinalização de trilhas ambientais foi instalada, como parte do projeto Mutirão COP30, com o apoio do Programa Jovem Campeão Climático (PYCC).

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“A gente está falando de reconhecer as práticas territoriais que protegem a natureza e que de fato promovem a regeneração, seja do solo, da vegetação e até das mentes das pessoas. Já que é uma iniciativa de educação climática que põe em prática o que é decidido nas negociações climáticas”, diz Marcele Oliveira, campeã de Juventude para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

A região, rica em biodiversidade, enfrenta a pressão da urbanização e recorrentes incêndios florestais. “Isso é um exemplo claro de quando você identifica um problema como a queimada, as pessoas se juntam para mostrar que a solução é reflorestar, para educar e se unir em torno do território”, afirma Alice Amorim, diretora de Programas da Presidência da COP30.

A iniciativa demonstra o trabalho contínuo das comunidades periféricas desde 2018, através do movimento social #ElesQueimamNósPlantamos, que já semeou mais de 7 mil mudas nativas no Parque Gericinó-Mendanha.

“Queremos que a Serra do Vulcão seja um exemplo vivo levado aos corredores da COP30, provando que a ação climática começa no território, de forma regenerativa e participativa”, afirma Lennon Medeiros, diretor executivo da Visão Coop, parceira na ação com o Instituto EAE e a Cabana do Vulcão.

A ação local Mutirão COP30 integra o movimento Mutirão Global, que reunirá metodologias, resultados e indicadores de ações climáticas em periferias urbanas brasileiras, compartilhando-os com tomadores de decisão globalmente.

“O Mutirão Global se relaciona com transformação, e a transformação tem que acontecer no território, para ser depois global. Por isso, aqui estamos regenerando o território. Tudo a ver com a virada de implementação que estamos propondo na COP30”, destaca.